Vazante . LandArt
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Casa Estrangeira – Inflexos Trancorpo
O projeto é uma performance-instalação, construída no decorrer de quatro dias de imersão profunda em uma cultura estrangeira. A proposta consiste em aportar em pequenas cidades européias e ocupar um espaço vazio público como uma espécie de zona autônoma temporária. Esse ambiente será preenchido com uma série de peças que vão desde elementos ofertados pela comunidade local para a sobrevivência da dupla, quanto objetos encontrados em derivas pelas ruas da cidade.A intenção é estabelecer relações com a população de modo que a convivência estimule a inserção de ambas “forasteiras” na cultura local através do contato com elementos primordiais presentes no cotidiano tais como costumes, peculiaridades da lingua e da linguagem, culinária, música, pequenos ritos do dia a dia.Como parte da experiência será praticado o mapeamento e catalogação do processo, todos os móveis, roupas, objetos serão etiquetados e fotografados. Todo contato com a população será gravado, filmado e fotografado, a instalação e as performers serão retratadas diariamente compondo um diário da transformação e tudo será integrado a essa instalação efêmera, compondo um relicário de vivências.Projeto criado e vivido por Marilia Vasconcellos e Paloma Klisys, que integram o duo Inflexos Transcorpo. Quando idealizamos a vivência/performance/instalação Casa Estrangeira, uma das idéias que sustentava o processo caminhava no estímulo da solidariedade e na delicada relação que era estabelecida com o estrangeiro, em duas linhas de percepção, deles para nós e de nós para eles. O desafio primordial seria entrar nessa sociedade de forma forasteira e estabelecer uma relação de confiança, que estimulasse a solidariedade e compartilhamento, dos bens, da comida, dos costumes, mas principalmente da amizade e da abertura ao outro, ao estranho, ao que não faz parte.Nos propusemos a dois desafios, um que se estabelecia em uma pequena e erma comunidade no interior do interior da Galicia, Os Blancos, e outra em uma cidade maior, Braga, em Portugal.Mas, como se molda a relação de confiança que estimula a solidariedade nesses dois ambientes? Para a comunidade bastou a presença e a aproximação, para a cidade precisou do discurso, do propósito e da função. Na comunidade o empréstimo, a divisão do excedente…na cidade a reciclagem do descarte, a necessidade de alçar a doação em alguma caridade comprovada, se não ela é inútil. Ambos processos válidos e que abrem universos de percepção. Para iniciar o diálogo publicamente, pois o estamos construindo, segue a imagem de nossa feliz “lista de bens”, sem distinção de sua origem a princípio, para que ela diga por si só que o processo atingiu plenamente seus objetivos.Sim, a solidariedade existe, e ultrapassa o estranhamento, o diferente, o estrangeiro em qualquer lugar do mundo. Quais os princípios e artifícios para acessa-la? Ai são outros quinhentos… De qualquer forma, o indivíduo é um ser para lá de fascinante em sua complexidade.https://vimeo.com/165312775?fbclid=IwAR1vAkgEiKBeuorN-d0ScSs9vFa69lXmSUc6g0usmT2ZRXDEioN7Wj0dA80
4 Ases Jogo Urbano – 4 Aces Urban Game – 2014
Curadoria/Curatory Pérola Bonfanti
Criação/Creation Pérola Bonfanti, Marília Vasconcellos, Nicolina, Zel Nonnenberg.
4 ASES é um jogo urbano desenvolvido pelo grupo internacional de artistas Pérola Bonfanti, Zel Nonnenberg, Marília Vasconcellos e Nicolina. Sob curadoria e direção de Pérola Bonfanti, o projeto foi desenvolvido para o Hofburg, Viena, em parceria com o Burghauptmannschaft, o Museu de História da Arte, a Escola de Equitação Espanhola, o Tesouro Imperial, o Ars Electronica Solutions, o Museu Albertina e Fokus Media House; sob a coordenação de CC Real.
O projeto aborda as categorias de tempo e de espaço urbano a partir de diferentes perspectivas. O objetivo é provocar o público a entrar em contato com enigmas fundamentais da humanidade de forma leve e divertida. Aborda-se três percepções de tempo: o Tempo que Devora, o Tempo que é Eterno e o Tempo que do Momento Exato.
O jogo une realidade física e virtual. A “Realidade Aumentada” permite que a audiência tenha uma experiência única do espaço urbano, abrindo portas até então fechadas, revelando segredos e trazendo novos insights.
Baixe o aplicativo em www.4aces-vienna.com
http://cargocollective.com/perola/4-Ases-Jogo-Urbano-4-Aces-Urban-Game
ORGANICIDADES
O encontro dos artistas Cris Proença, Edmar Almeida, Isabel Bei, Marcelo Bressanin e Marilia Vasconcellos, organizadores do projeto, se deu com a residência artística do Festival Soy Loco por ti Juquery, em 2018. Naquele contexto surgiram interesses em comum e o desejo de desenvolver uma investigação artística colaborativa e interdisciplinar, explorando as interseções entre suas poéticas e linguagens de trabalho. Em Organicidades o grupo encontrou uma oportunidade para concretizar esse desejo, expandindo suas investigações para além dos portões do Complexo Hospitalar do Juquery, alcançando a cidade de Franco da Rocha.
Para tanto, propuseram uma pesquisa artística coletiva dos 5 artistas integrada à investigação de outros 3 artistas de Franco da Rocha: Brian Chalega, Silvia Sapucaia e Pedro Quintanilha. Neste sentido, a cidade foi explorada em suas tessituras urbanas, sociais e simbólicas, numa investigação das diversas camadas que a compõem, passando a ser experienciada não como suporte para a realização de um trabalho, mas sim como sua matéria. A soma dos processos resultou em um conjunto de abordagens artísticas da experiência urbana contemporânea e em ações de caráter educativo. Esta produção, desenvolvida ao longo de uma residência artística de dez dias, foi exposta à população através de intervenções urbanas, uma exposição aberta ao público local, e da disponibilização do processo artístico – em ateliês abertos, materiais de divulgação virtuais – além de oficinas realizadas pelos artistas organizadores.
Organicidades: Travessias por Franco da Rocha.
O Centro Cultural Newton Gomes de Sá recebeu, no dia 14 de setembro, a mostra Organicidades – Travessias por Franco da Rocha, que reuniu nove artistas de diferentes linguagens e contemplou uma série de atividades de formação de público. Realizada pela Prefeitura Municipal de Franco da Rocha e pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer por meio do Edital ProAC 48/2018 – ProAC Municípios, a mostra Organicidades – Travessias por Franco da Rocha reuniu os artistas Cris Proença, Douglas Scotti, Edmar Almeida, Isabel Bei, Marcelo Bressanin e Marilia Vasconcellos, organizadores do projeto e também Brian Chalega da Silva, Pedro Quintanilha e Silvia Sapucaia, selecionados por meio de convocatória aberta aos artistas de Franco da Rocha.
Resultado de uma residência artística de dez dias realizada na Casa de Cultura Marielle Franco, as obras inéditas apresentaram interpretações poéticas sobre a vida cotidiana em Franco da Rocha, a partir das materialidades, das simbologias e da história da cidade. Na abertura da mostra, que aconteceu no dia 14 de setembro às 15 horas, os artistas realizaram um bate-papo com o público, comentando o processo de residência e também os trabalhos apresentados. Além da exposição, o projeto também levou ao público da cidade cinco oficinas temáticas em diferentes linguagens artísticas e apresentou intervenções sonoras diárias na Rádio Local Alternativa de Franco da Rocha.
Relíquia
Mini esculturas de lugares emblemáticos que não existem mais, criadas à partir de fotografias antigas de Franco da Rocha.
Argila, led, impressão fotográfica em papel de seda, caixa de mdf.
Linharte, antiga Parada do Feijão e Fazenda Velha – 9º Colônia do Juquery, relíquias perdidas para o tempo, mas, que sobrevivem na memória de uma cidade em constante transformação. A obra revisita lugares emblemáticos de Franco da Rocha, resgatando a sua materialidade físico-poética ao somar a argila à terra de suas antigas localidades. A obra é um convite as recordações e também uma homenagem a correnteza do tempo, as vidas que por ali passaram e as que ainda guardam a presença pulsante tanto em suas histórias, como na de seus antepassados.
Botânica Botânica – Plantas inventadas à partir da coleta na cidade de Franco da Rocha. Impressão Fotográfica
Inventário Botânico – Plantas coletadas na cidade de Franco da Rocha. Flores e folhas desidratadas, caixa de mdf, mapa e vidro.Tibouchinha tabebuia – Escultura de planta inventada à partir de coleta na cidade de Franco da Rocha. Folhas, flores, cúpula de vidro e madeira O ensaio Botânica teve origem com meus estudos de linhas espirituais indianas, onde conheci Boser, um botânico indiano que dedicou a vida ao estudo das plantas. Suas pesquisas se baseavam em experimentos que fortaleciam a ideia de que as plantas possuíam reações emocionais diversas. Minha percepção de que as plantas vivas não poderiam ser simplesmente expropriadas de sua natureza me fez elaborar manufaturas imagéticas usando plantas caídas, e posteriormente, agreguei a coleta de pequenas amostras pontuais de plantas vivas, desenvolvendo diversas formas de preservação e secagem.
Botânica, esse trabalho em processo, se constitui de espécies fictícias montadas como um quebra cabeças no qual as flores e as folhas não fazem originalmente parte de uma mesma planta. Em paralelo e de forma igualmente fictícia, crio a nomenclatura baseada nas técnicas de denominação e catalogação clássica da ciência botânica. Parte das plantas fotografadas são resinadas e reconstruídas em forma de mini esculturas. Em Franco da Rocha, as obras foram construídas de forma site specific durante a residência artística Organicidades. Longas caminhadas e coletas monitoradas por gps fizeram parte do processo de criação. Gerando um panorama da botânica da cidade, e de como ela se manifesta pelo território urbano. Para a composição do Botânica foram criadas 5 espécies inventadas, uma escultura botânica e um inventário botânico, dispondo em uma caixa pequenas amostras das espécies coletadas juntamente com seu mapeamento
Kintsugi
Papel carbono, tinta dourada e led.
A partir da sobreposição de mapas antigos e novos de Franco da Rocha, a tinta dourada é aplicada onde as transformações do tempo divergem, gerando rachaduras. Seguindo a antiga técnica japonesa do Kintsugi que trata da aceitação da mudança e destino como aspectos da vida humana, destacamos as rachaduras e reparos como um evento na vida do objeto. Dessa forma, ele se torna mais valioso após seu rompimento, ganha personalidade e valor da experiência, da transformação e do tempo.